domingo, 20 de janeiro de 2008

Uma Vez Fuzileiro! Sempre Fuzileiro!


Quando somos jovens e ouvimos a propaganda das forças armadas dizendo que a segurança do Brasil está em nossas mãos, imaginamos muitas coisas e nos emocionamos com a energia dispensada na propaganda do governo e, acreditamos que precisamos aprender a lutar, marchar, defender e até mesmo matar. Para outros, porém, o sentimento é de total aversão ao chamado. Mas, certamente para aqueles que enfrentam ou enfrentaram a convivência militar e adquiriram a experiência de servir a sua pátria (Servir a seus irmãos), suas explicações serão infinitas quando lhe for perguntado: o que é Servir? E será mais difícil ainda responder: o que é Servir como um Fuzileiro Naval?!
Há homens que se reúnem uma vez por ano para rever os amigos e relembrar os fatos acontecidos em sua época e rir de momentos que as vezes o fizeram chorar, momentos que as vezes fizeram com que sentissem dor, ódio, medo, paixão ou coragem. Tudo isso não importa, o que realmente importa é o fato de estarem juntos ali, naquele momento.
Muitos dos homens que ali estão não possuem mais seus corpos definidos e atléticos, muitos não possuem mais cabelo à vontade, mas lhes sobra amor, sim amor! Os guerreiros também amam! Deus sabe o quanto amamos nossos irmãos, nossa família. Esses homens formam uma família. Alguns compartilham segredos entre si, que nem mesmos foram compartilhados com parentes mais próximos, porque? Só quem já precisou de um companheiro e dividiu sua dor, suas alegrias, vitórias e derrotas, saberá responder a isso.
Quando estamos juntos novamente nos confraternizando, a mente nos transporta para longe. Então, nos é dado uma emoção, um calor, uma euforia. Mas, se darmos um momento ao nosso coração, iremos perceber que não estamos tão longe. Perceberemos que estamos ali, juntos naquele instante e não é o passado que nos trás a emoção, e nem o prazer de termos sido (sermos) Fuzileiros Navais e sim, o momento presente, o prazer de estarmos e sermos amigos e termos amigos.
Escreveram assim: Quando tudo acabar, que fique ao menos os Fuzileiros Navais como exemplo de tudo e belo que eles foram... Então eu digo: Quando tudo acabar, que fique a nossa amizade, como tudo de belo que ela representa perante Deus e os homens. Adsumus!


terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Cassandra e o Rei Apas.



Esse é um conto de um autor desconhecido, cujas palavras não lembro na integra, mas irei narrar da melhor forma possível. Ela começa assim:
Em uma época muito antiga existia um reino, em que o seu Rei Apas procurava uma noiva para junto com ele dividir o trono. Mas não seria uma tarefa muito fácil, pois beleza, caráter, retidão e espiritualização são virtudes difíceis de estarem juntas. Então Apas ordenou que espalhasse pelo reino que seu Rei procurava uma rainha e que todas as mulheres do reino estariam convidadas a participar da seleção que seria feita.
As mais belas do reino foram no dia marcado, e uma que era bela, mas humilde de nome Cassandra também foi, chegando lá todas receberam uma semente de uma flor. Para que fosse cultivada dentro de três meses a mais linda flor trazida por uma das candidatas ao palácio seria a escolhida por Apas para ser sua esposa.
Passado os três meses de prazo a mulher humilde não tinha conseguido fazer com que a flor brotasse, perguntada se iria até o palácio mesmo assim respondeu que sim, pois amava o rei e queria velo uma ultima vez.
O dia derradeiro chegou e todas as mulheres trouxeram as mais lindas flores que existiam no reino e só Cassandra que nada torcerá, pois só tinha o jarro de barro com terra. O Rei examinou cuidadosamente cada flor trazida e depois anunciou a que seria sua esposa. Para o espanto de todos foi escolhida Cassandra e questionado sobre sua decisão ele disse: eu procuro uma mulher honesta e que seja capaz de me dizer a verdade para dividir o meu trono comigo. Mas isso não foi o suficiente para os presentes entendessem suas razões por escolher Cassandra, então sendo mais direto ele falou todas as semente que eu dei eram estéris e não iriam germinar. Portanto, todas que trouxeram alguma flor mentiram e somente uma falou a verdade e é a minha escolhida.
Aqui podemos perceber o quanto é importante a verdade, pois ela nos liberta e permite viver sobre uma base sólida na qual tudo é bem e fora dela nada é seguro ou eterno.

Olival Alves, o oli.

Ano novo! - É? E daí?

Mais um ano vai e outro ano vem e as mesmas promessas e a mesma história. Até quando?
Será que não devemos reavaliar nossos atos, nossas ações, tentar fazer algo realmente diferente diariamente, em vez da tradicional xaropada anual?
As mesmas promessas, as mesmas felicitações, as mesmas hipocrisias. Por que não mudar? Por que em vez de fogos de champanhe, não mergulhamos no silêncio, na meditação? Por que não refletimos sobre o tempo que corre, o tempo que é constante e não precisa de apenas um dia para contemplações eufóricas?
Recuso-me a comemorar dessa forma. Recuso-me a ser patético.
Mas deixemos de lado as implicações e vamos comemorar o dia da confraternização universal, porque é só um dia, é só no dia 1º de janeiro gente! E nos dias que se seguem, muito que nos felicitam, não farão mais questão de olhar em nossas faces, afinal a euforia já terá passado e não fará mais sentido.
Quem tiver disposto a fazer algo diferente pode me convidar. E pode ser a qualquer dia do ano, só assim eu acredito. Bom! Até esse dia, desejo a todos, acreditem: Feliz Ano Novo!
PS: Vocês podem guardar esse texto para seus tataranetos. Ainda vai servir.



Denílson Cruz, o Limzurc.